Begins
por ele
Parece que foi ontem
Num belo fim de tarde, enquanto passeava pelo aprazível bairro da Gameleira, ela veio em minha direção. Estava abraçada a si mesma e gritava, compulsivamente. Pensei ser de alegria, e achei graça naquela mulher. Cabelos ao vento, olhos grandes e atentos, sorriso aberto numa alegria incontida.
Ela falava coisas que, na hora, não consegui entender muito bem, mas, uma delas foi crucial: “Cala a boca e beija logo!”.
Como sou obediente, beijei. E, em meio a um beijo cinematográfico, ouvi sons de sirene, pessoas gritando, cães latindo... mas, a esta altura, já estávamos enlaçados, encostados na parede, tomados por uma volúpia tamanha, que não me dei conta de mais nada.
De repente, percebi que ela não me abraçava, continuava abraçada a si mesma, num amor próprio contagiante, abracei-me também e ficamos ali, por muito tempo juntos, abraçados a nós mesmos.
_ Você é maluca - disse eu.
_ Sou mesmo! - respondeu.
Levei-a pra casa e prometemos nos encontrar no dia seguinte.
Porém, antes de adentrar seu lar, ela disse: “Me ajuda a tirar a camisa de força, por favor!? Senão não consigo abrir o portão.”
Foi aí que entendi o motivo de tanto narcisismo, compreendi o motivo da corrida e, só aí percebi o porquê de tanto alarde na rua.
Mas aí já era tarde, o tal cupido já tinha me acertado, eu estava, loucamente apaixonado por ela.
Compreendi então que o amor é cego, mudo, surdo, contagiante e, sobretudo, LOUCO.
Tanto que hoje a gente sai, junto, pra jogar pedra em avião e morder cabeças por aí.
hãhãhãhãhã....
2 Comentários:
Ahhnnnn... Vc mordeu a cabeça do meu namorado tb? Ele não era doido assim não... Escrevia textos com algum nexo e poesias... Devolve ele! AGORA! Ou EU mordo a sua cabeça, louco insano!
Amiga minha, obrigada por assoprar um pouquinho... Ajuda muito, viu?!
Beijos...
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